Morte.
Paletas de cor chilreavam em volta do carrossel que se encontrava atrás das dunas de granito. Na véspera, ouviu-se o deambular das praças e as cortinas já corriam em devaneios de gotas de milho.
Era Domingo.
Ensaiava-se algo de novo.
As telas compridas, cansadas, pregadas aos tectos elucidavam quem havia de chegar, mas ninguém se apercebera do relâmpago que passou sem pernas nem penas.
Que diriam os chapéus altos que se cruzavam com as neblinas naquela noite de fúrias doces?
E as magníficas ondas que resvalavam dentro das taças perdidas?
Ninguém lá estava na bússola desvalida quando ela apareceu sem fortuna nem carro. Vinha nua, despenteada, com pés esculpidos em areias movediças, fazendo-se transportar por um urinol já antigo que roubou ao vizinho de seda púrpura que jazia na sala de estar.
Não avisou que vinha.
Não foi educada, nem pelas rãs que trouxe para ofertar a quem não a desejava encontrar ali.
Não cantou nenhuma canção.
Não escreveu o seu nome.
Nada disse.
Apenas veio. E sentou-se à espera que os cavalos marinhos e os lírios se transformassem em terra.
Pó.
Era Domingo.
Ensaiava-se algo de novo.
As telas compridas, cansadas, pregadas aos tectos elucidavam quem havia de chegar, mas ninguém se apercebera do relâmpago que passou sem pernas nem penas.
Que diriam os chapéus altos que se cruzavam com as neblinas naquela noite de fúrias doces?
E as magníficas ondas que resvalavam dentro das taças perdidas?
Ninguém lá estava na bússola desvalida quando ela apareceu sem fortuna nem carro. Vinha nua, despenteada, com pés esculpidos em areias movediças, fazendo-se transportar por um urinol já antigo que roubou ao vizinho de seda púrpura que jazia na sala de estar.
Não avisou que vinha.
Não foi educada, nem pelas rãs que trouxe para ofertar a quem não a desejava encontrar ali.
Não cantou nenhuma canção.
Não escreveu o seu nome.
Nada disse.
Apenas veio. E sentou-se à espera que os cavalos marinhos e os lírios se transformassem em terra.
Pó.
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