sim, vou andando...
escrevo-te
digo-te de mim
de ti (para ti) que estou bem.
sim, vou andando...
digo-te
que me escasseiam as palavras
que queria continuar a soprar devagarinho
enquanto pego na caneta de pau de canela castanha
e desenho, ainda,
o teu rosto de cor no meio dos meus lençois.
não vêm
não aparecem
quais torrentes que outrora me sofucavam segredando-me
que te segurava na ponta dos meus dedos.
pressinto-te
tateando até um palmo abaixo do chão
o grão da minha pele suave redonda
revelando
nos ditos que descuidas escapar o quanto
me esperas também.
toma cuidado não te desvies nem desvirtues a rota
que é a tua.
fora de mim. Escrevo-te.
sem palavras novas nem pintadas de verde alface.
serei nunca, dentro de ti
Nada...
digo-te de mim
de ti (para ti) que estou bem.
sim, vou andando...
digo-te
que me escasseiam as palavras
que queria continuar a soprar devagarinho
enquanto pego na caneta de pau de canela castanha
e desenho, ainda,
o teu rosto de cor no meio dos meus lençois.
não vêm
não aparecem
quais torrentes que outrora me sofucavam segredando-me
que te segurava na ponta dos meus dedos.
pressinto-te
tateando até um palmo abaixo do chão
o grão da minha pele suave redonda
revelando
nos ditos que descuidas escapar o quanto
me esperas também.
toma cuidado não te desvies nem desvirtues a rota
que é a tua.
fora de mim. Escrevo-te.
sem palavras novas nem pintadas de verde alface.
serei nunca, dentro de ti
Nada...
4 Comments:
Re-visitei este espaço de poesia intimista. Há tantos recantos, desvãos abandonados, restos de antigas ruas por onde se esgueira a última levada de água...
Sabemos, contudo, que o negrume passará!
Fica bem!
não há rio que passe na paisagem sem deixar, agora ou na eternidade seguinte, o leito marcado na terra, no serpentear das montanhas ou somente na memória de quem ali antes se banhou ao sol. as palavras permanencem. o rio corre. J.
"...sem palavras novas" mas com a qualidade de sempre! Há muito que não te lia, mas continua a ser um prazer!
(A lagoa é a da Foz do Arelho:))
Abraço
... nada se deve deixar por dizer. Mesmo as palavras mais incómodas escritas em letra de forma. E as cartas "abertas" ou as outras, cada vez são mais raras.
Gosto de cartas; de as escrever e de as ler. Como esta.
Abraço amigo.
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