...até já!
“... no silêncio de mim, orei.
barafustei contra Deus, contra a Vida, contra tudo.
contra ti.
em desespero de causa, cobrei um Amor à força. um Amor que me aplacasse o grito.
que me fizesse de novo folha branca. sem história recente ou passada.
sem dor.
sofri.
procurei re-escrever-me em busca de uma nova pessoa.
perdi-me em actos desventurados, tentando enganar os golpes
da seringa que me tatuava a alma por dentro.
chorei.
fiz-me monja por um dia.
desci ao fundo do inferno de uma solidão vazia.
escondi-me da chuva, do frio, das estações. do luar que me albergava.
fugi. de ti.
fingi que me ia embora. supliquei que me esperasses. fica. fica, disse baixinho.
espera-me.
aguarda que me recupere do destempero. que me refaça da tareia que levei.
... no silêncio de mim, escutei-te por inteiro.
retomei ao passo de um compasso preciso e rigoroso
a fé no Vínculo. mais do que um laço.
serenei.
ouvi-te dizer: que bonita que estás!
repeti-te mil vezes nas frases que não ouvi.
reli-te ao pormenor, nos traços dos desenhos que fizeste para mim.
senti o cheiro da tua pele. entranhado na minha. palpei o negro
dos teus cabelos, na ponta dos dedos que, fiéis, são capazes de assinar o teu nome em qualquer lugar.
recebi o teu abraço espontâneo, em tamanha serenidade.
mantendo a tranquilidade que, entretanto, veio de novo até mim.
povoa-me a graça do teu olhar, do teu sorriso, do teu: até já..."
barafustei contra Deus, contra a Vida, contra tudo.
contra ti.
em desespero de causa, cobrei um Amor à força. um Amor que me aplacasse o grito.
que me fizesse de novo folha branca. sem história recente ou passada.
sem dor.
sofri.
procurei re-escrever-me em busca de uma nova pessoa.
perdi-me em actos desventurados, tentando enganar os golpes
da seringa que me tatuava a alma por dentro.
chorei.
fiz-me monja por um dia.
desci ao fundo do inferno de uma solidão vazia.
escondi-me da chuva, do frio, das estações. do luar que me albergava.
fugi. de ti.
fingi que me ia embora. supliquei que me esperasses. fica. fica, disse baixinho.
espera-me.
aguarda que me recupere do destempero. que me refaça da tareia que levei.
... no silêncio de mim, escutei-te por inteiro.
retomei ao passo de um compasso preciso e rigoroso
a fé no Vínculo. mais do que um laço.
serenei.
ouvi-te dizer: que bonita que estás!
repeti-te mil vezes nas frases que não ouvi.
reli-te ao pormenor, nos traços dos desenhos que fizeste para mim.
senti o cheiro da tua pele. entranhado na minha. palpei o negro
dos teus cabelos, na ponta dos dedos que, fiéis, são capazes de assinar o teu nome em qualquer lugar.
recebi o teu abraço espontâneo, em tamanha serenidade.
mantendo a tranquilidade que, entretanto, veio de novo até mim.
povoa-me a graça do teu olhar, do teu sorriso, do teu: até já..."
1 Comments:
A velha luta ente Jacob e o anjo?
Gosto das metáforas bíblicas - desde que não cheirem a Ratzinger...
Bj
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