Fresco devaneio de Idalina.
Pediu uma coca-cola com gelo. “Não há gelo de momento, peço imensa desculpa...” Ficou possessa de raiva, não porque quisesse tomar a coca-cola forçosamente fresca, mas porque tinha imaginado poder sentir de novo o prazer de ter um cubo de gelo na boca.
Não resiste lá muito bem ao sabor do gelo sem sabor e menos ainda às brincadeiras que adora fazer com a ponta da língua nos ditos cubos. É quase um vício que não sabe de onde lhe veio assim como tantos outros que andam por ai e por ali dentro da sua malinha encarnada. Pois claro que é uma malinha de mão, mas não é dessas que se costumam pavonear pelas ruas da cidade, girando pelo ar chamando a atenção da vizinhança para os brilhos que as adornam. Não. A malinha de Idalina pavoneia-se mas não tem brilhos. É simplesmente encarnada e o seu valor reside no que traz lá dentro.
Sorveu o raio do líquido acastanhado de um trago só para, assim, engolir o berro que lhe apeteceu dar à empregada do bar.
As borbulhas saborosas salvaram-lhe a pele quando, ao permitirem salvar-se de ficar engasgada com tamanhas goladas, lhe estimularam a fantasia.
Não havia gelo no bar, mas um cubo aguardava-a na preciosa malinha de mão.
Recostou-se de olhos fechados e instantaneamente, salivou. Humedeceu os lábios com suavidade e deliciou-se com a frescura que os perpassou vinda de dentro.
Soltou um riso atrevido e voltou a fechar a boca para não perder o cubo que, secretamente tinha entrado por ela dentro. Que rico fim de tarde, pensei ...
Não resiste lá muito bem ao sabor do gelo sem sabor e menos ainda às brincadeiras que adora fazer com a ponta da língua nos ditos cubos. É quase um vício que não sabe de onde lhe veio assim como tantos outros que andam por ai e por ali dentro da sua malinha encarnada. Pois claro que é uma malinha de mão, mas não é dessas que se costumam pavonear pelas ruas da cidade, girando pelo ar chamando a atenção da vizinhança para os brilhos que as adornam. Não. A malinha de Idalina pavoneia-se mas não tem brilhos. É simplesmente encarnada e o seu valor reside no que traz lá dentro.
Sorveu o raio do líquido acastanhado de um trago só para, assim, engolir o berro que lhe apeteceu dar à empregada do bar.
As borbulhas saborosas salvaram-lhe a pele quando, ao permitirem salvar-se de ficar engasgada com tamanhas goladas, lhe estimularam a fantasia.
Não havia gelo no bar, mas um cubo aguardava-a na preciosa malinha de mão.
Recostou-se de olhos fechados e instantaneamente, salivou. Humedeceu os lábios com suavidade e deliciou-se com a frescura que os perpassou vinda de dentro.
Soltou um riso atrevido e voltou a fechar a boca para não perder o cubo que, secretamente tinha entrado por ela dentro. Que rico fim de tarde, pensei ...
2 Comments:
É verdade que andam por aí muitas manias, mas umas são viciantes e outras podem ser evitadas. Beijos!
Todas nós trazemos na nossa malinha, sonhos e pensamentos, desejos e atrevimentos, que só a ela, podemos confessar...
Gostei do texto... tem uma sensualidade velada, mas que se adivinha...
Um abraço ;)
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