Cem Truques, Nu Azul

Um Lugar com Vista para Além de Mim ...

A minha foto
Nome:
Localização: Lisboa, Portugal

Simplicidade colorida de azul com um guache de água de colónia, seria certamente algo apetecível pelo cheiro, nem que fosse... Um alfinete-de-ama embebido em leite, uma sobremesa nova... E a imaginação, um rosto desfigurado de real...

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Ainda...

"(...) Não podes aprender-me agora, eu sei. Para que me aprendas, eu espero - não tenho pressa. O que ainda não sei, se bem que começo a sentir que resisto fortemente a aprender, é a amar devagar. Confesso. Eu não sei amar devagarinho como quem toca ao de leve num rosto que descobre de novo, apenas com a polpa mais externa da cabeça dos dedos das mãos. É daqueles toques que ficam para sempre gravados dentro de nós, ainda que seja dos mais simples e suaves e discretos que possam haver. Se quiseres, é um toque inocente. Quando feito por mim, de inocência pérfida. Não consigo amar a direito, com linhas e pespontos seguros e sem tormentos pelo meio. Não sou mulher de amores serenos, invísiveis, caducos. Raramente deixo cair esse lenço ou o deito borda fora, mesmo depois de apodrecido. Por isso, e por uns tantos cigarros que fumei durante anos, tive de parar de o fazer de repente senão morreria cedo de tanto entupimento...!"

2 Comments:

Blogger Alberto Oliveira said...

... entre o "apreender o amor sem pressa" ou "correr por ele a foguetes", o coração tem critérios a que raramente se pode pôr travão.

Já com o tabaco não é a mesma coisa: um valente susto "oferecido" pelo médico de familia (no caso duns) e o preço astronómico do dito prazer (para outros) já tem feito milagres.

11:31  
Blogger Joaquim Moedas Duarte said...

Voltar a ler esta prosa "azul"...
Bem-vinda, de novo.

Bj

13:11  

Enviar um comentário

<< Home