A porta.
palavras inteiras com gosto de roseiras bravas
ou um chá ao entardecer, palpitam coisas
serenas, grandes, seguras.
um verso pensado
dito em dia de sol escondido
resvala num toque inesperado
numa viagem sem destino marcado
ao abrigo de um cruzeiro que navega na madrugada.
os silêncios que definem a voz
ou a letra que se desenha no escuro
levam a que me curve perante o
século em que vagueio...
pontos de luz formam triângulos
às vezes círculos rectos e curvos.
ninguém escapa à linha mestra
à saudade cantada poética
ao abraço do costume.
é o hábito o tormento
a dor aquilo que se procura. é a chave da descoberta
aquela que mora e perdura
......................
deixa a porta aberta...
ou um chá ao entardecer, palpitam coisas
serenas, grandes, seguras.
um verso pensado
dito em dia de sol escondido
resvala num toque inesperado
numa viagem sem destino marcado
ao abrigo de um cruzeiro que navega na madrugada.
os silêncios que definem a voz
ou a letra que se desenha no escuro
levam a que me curve perante o
século em que vagueio...
pontos de luz formam triângulos
às vezes círculos rectos e curvos.
ninguém escapa à linha mestra
à saudade cantada poética
ao abraço do costume.
é o hábito o tormento
a dor aquilo que se procura. é a chave da descoberta
aquela que mora e perdura
......................
deixa a porta aberta...
5 Comments:
Porta sem fechadura.
(obrigado pelas palavras)
E parabéns por 3 anos em Azul.
Belíssimo texto, de porta escancarada!
Bom fim de semana :)
... e faz bem, minha estimada amiga. Que o hábito de muito boa gente se trancar a sete chaves, não lhes permite sair para a rua rapidamente em caso de incêndio ou de qualquer outra calamidade. Sim, eu sei que há para aí muita ladroagem à solta, mas... com a porta fechada não entram na mesma? Claro que sim.
É o hábito (salutar) de voltar aos velhos tempos de boa-vizinhança, em que ninguém se importava demasiado como é que o Mendes do segundo esquerdo chegara a director-geral na companhia de seguros com sede em Paris, se nem falar francês sabia, ou da dona Amélia do priemeiro direito, receber em casa altas horas da noite um homem mais novo que ela uns bons vinte anos, na ausência do marido em comissão militar no ultramar...
abraço legível
"...a dor aquilo que se procura"
A partir daqui apetece entrar na porta que ficou aberta, talvez à espera de uma visita.
A dor de procurar, é esse o itinerário das nossas vidas.
Obrigado por este texto. Guardo-o!
Enviar um comentário
<< Home