Aragão Podengo...
Aragão Podengo foi de viagem a marrocos
encomendar trovões, folhas de alface, alforrecas e pedreiros.
Queria, imaginem,
costurar tijelas amarrotadas em lençóis de seda e
cozinhar perdizes anãs em tapetes de porcelana. Toda a gente lhe disse
para desistir. O material não se encontrava à sua disposição nem em marrocos
nem na china nem no japão. Mas, teimoso,
Aragão insistiu e foi de viagem a marrocos.
Encomendou lamelas e vitrais doces e dedais de linho e pedaços de mar.
Queria desenhar estrelas na ponta dos dedos e ensaiar uma peça de literatura no banco da praça.
Queria desembaraçar-se das noites de chuva e embrulhar-se em fitas de algodão e beijar as madrugadas solares.
Aragão Podengo foi de viagem a marrocos.
Encomendou,
Saias azuis para oferecer às tias e arpões sem forma e sacos de papel de cartolina.
Queria proteger o mundo da fuligem e do azedume dos peixes.
Queria adormecer numa manhã de primavera. Queria. Encomendou.
Foi de viagem.
encomendar trovões, folhas de alface, alforrecas e pedreiros.
Queria, imaginem,
costurar tijelas amarrotadas em lençóis de seda e
cozinhar perdizes anãs em tapetes de porcelana. Toda a gente lhe disse
para desistir. O material não se encontrava à sua disposição nem em marrocos
nem na china nem no japão. Mas, teimoso,
Aragão insistiu e foi de viagem a marrocos.
Encomendou lamelas e vitrais doces e dedais de linho e pedaços de mar.
Queria desenhar estrelas na ponta dos dedos e ensaiar uma peça de literatura no banco da praça.
Queria desembaraçar-se das noites de chuva e embrulhar-se em fitas de algodão e beijar as madrugadas solares.
Aragão Podengo foi de viagem a marrocos.
Encomendou,
Saias azuis para oferecer às tias e arpões sem forma e sacos de papel de cartolina.
Queria proteger o mundo da fuligem e do azedume dos peixes.
Queria adormecer numa manhã de primavera. Queria. Encomendou.
Foi de viagem.