a demanda.
"Alberto convidou Maria Caetana para o acompanhar numa viagem de lazer.
Costuma fazê-la todos os anos, mais ou menos por altura do início do Inverno. Dava-se o caso, portanto. Nas datas pensadas a estação era ainda jovem, motivo bastante para ninguém se escapar ao passeio naquele fim de semana prolongado. A chuva ou o frio são, hoje em dia, contornáveis pelos ares condicionados dos carros, que iludem, com um simples toque no botão certo, um Verão eterno. O local escolhido é indiscutivelmente belo – Universal!
Maria Caetana aceitou.
Estava intrigada havia meses sobre quem era afinal, Alberto.
Num jantar à luz de velas ele dissera-lhe as palavras únicas e totais que um dia, ela mesma proferira junto de alguém, morto entretanto, a quem amara. Reconhecera-as e, em parte, dentro de si, algo se iluminou como que trazendo de volta, à vida perdida, Carlos – o homem que a tinha feito sentir que o Além pode ser Real...
Sem nunca ter pensado em cruzar-se com a sua suposta “alma gémea”, e definindo-se a si mesma, por princípio ou necessidade, como absolutamente céptica, viu-se de repente envolvida num sentimento estranho (que a remetia para um passado desconhecido e irrecuperável pela memória) de reconhecimento de Carlos. A sensação de o conhecer de algures, desde sempre, de lhe ter sido íntima de alguma forma – muito próxima – alterou-a por dentro, esclarecendo-a com relação à demanda: procurava o Interlocutor da sua vida!
Não havia dúvida. Maria Caetana estava mudada: tinha crescido, estava finalmente a Sonhar.
...................................................................................
Alberto disse-se sem Interlocutora.
Alberto falou-lhe desse reconhecimento.
Alberto revelou da sua Fé no Amor, a Maria Caetana, num jantar à luz de velas, meses antes do passeio.
Intrigou-a!
Fê-la (talvez) acreditar que o seu cepticismo poderia dar lugar à devoção, acaso Carlos retornasse à sua vida, através de Alberto!"
(A busca do Interlocutor, justifica qualquer demanda!)
Costuma fazê-la todos os anos, mais ou menos por altura do início do Inverno. Dava-se o caso, portanto. Nas datas pensadas a estação era ainda jovem, motivo bastante para ninguém se escapar ao passeio naquele fim de semana prolongado. A chuva ou o frio são, hoje em dia, contornáveis pelos ares condicionados dos carros, que iludem, com um simples toque no botão certo, um Verão eterno. O local escolhido é indiscutivelmente belo – Universal!
Maria Caetana aceitou.
Estava intrigada havia meses sobre quem era afinal, Alberto.
Num jantar à luz de velas ele dissera-lhe as palavras únicas e totais que um dia, ela mesma proferira junto de alguém, morto entretanto, a quem amara. Reconhecera-as e, em parte, dentro de si, algo se iluminou como que trazendo de volta, à vida perdida, Carlos – o homem que a tinha feito sentir que o Além pode ser Real...
Sem nunca ter pensado em cruzar-se com a sua suposta “alma gémea”, e definindo-se a si mesma, por princípio ou necessidade, como absolutamente céptica, viu-se de repente envolvida num sentimento estranho (que a remetia para um passado desconhecido e irrecuperável pela memória) de reconhecimento de Carlos. A sensação de o conhecer de algures, desde sempre, de lhe ter sido íntima de alguma forma – muito próxima – alterou-a por dentro, esclarecendo-a com relação à demanda: procurava o Interlocutor da sua vida!
Não havia dúvida. Maria Caetana estava mudada: tinha crescido, estava finalmente a Sonhar.
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Alberto disse-se sem Interlocutora.
Alberto falou-lhe desse reconhecimento.
Alberto revelou da sua Fé no Amor, a Maria Caetana, num jantar à luz de velas, meses antes do passeio.
Intrigou-a!
Fê-la (talvez) acreditar que o seu cepticismo poderia dar lugar à devoção, acaso Carlos retornasse à sua vida, através de Alberto!"
(A busca do Interlocutor, justifica qualquer demanda!)